VI
Já passavam dàs treze horas e pus-se a arrumar as peças de peixe que ficavam à espera dos fregueses de últuma hora.
Pela parte de fora do balção arrumou quatro rodelas de pescada, duas peças de peixe-espada, meia dúzia de lulas, um polvo de uns seiscentos e cinquenta gramas, as amêijoas e os mexilhôes. espalha gelo esmagado por cima e ficou quieta o sentir que Dona branca a olhava ainda com irritação pela demora da manhã.
Olhou-a com rosto sério e saiu à Rua da ribeira nova para acalmar-se. Acendeu um cigarro, percebendo que só restavam três para dar cabo no maço. suspirou e voltou a loja.
Sem falar nada com a patroa passava o tempo a olhar para as pessoas que iam e vinham entre as lojas do Mercado. Fixoûse num homem de mediana idade, cabelo preto, olhos verdes e barba que ia para a loja de peixe.
- Desejo uma peça de peixe-espada.
- Esta é do seu gosto?
- Sim, está bem.
- Desculpe a indiscrição, como é que a vai cozinhar?
- Com bananas ao estilo da Madeira.
- Parece-me interessante.
- Posso convidá-la para jantar?
- Óptimo!
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