miércoles, 29 de octubre de 2008

Cá Bissau XXXIII "Estar no fim" ( 2005 )

“Estar no fim” ( 3 anos depois)

ESTAR NO FIM

Autor Moçango

A necessidade de desconectar levou-o a começar a viaje, não era o melhor momento pero a sua mente o precisava, já que a evolução da enfermidade fazia prever um final próximo o regresso.

O passar os dias, as informações que chegavam ao menu das mensagens sms do móbil comunicavam um agravamento da enfermidade maior da esperada. Ligou a sua irmã e o som da sua voz e ritmo respiratório transmitia esgotamento e tensão, tratou-a de tranqüilizar a vez que pensava em voltar no momento em que chegara a capital do país, única cidade com aeroporto internacional.

<< À noite entro na tenda de campanha e recebo uma sms com malas noticias “Segue com soro. Infecção de urina. Risco de obstrução intestinal”. Os médicos opinam que não é preciso que retorne, pero as dúvidas caminham pelos neurônios.

Mala noite entre pesadelos, esta frio, rouquidões, buraco no chão, inclinação da colchonete,... Ás seis horas certas começa despontar o dia, tomo um duche quente para relaxar e como todos os dias, às sete horas, esperando para sair. Tomamos a estrada direção Opuwo aonde chegamos às onze horas.

No supermercado mercamos comida para levar ás aldeias himba: farinha, açúcar, tabaco, rebuçados e vaselina. Ligo o móbil e recebo a mensagem que em qualquer momento era possível “Intenta regressar”.

Sem perder tempo contacto côa companhia do seguro, pero ao não estar falecido, não arranja a viagem volta. Desde Madrid conseguem bilhetes eletrônicos para o dia seguinte saindo desde a capital, e que com duas escalas e vinte e seis horas, levara-me até o quarto onde uma vida caminha ao fim. Pero não há transporte público até a capital e esta fica a setecentos e vinte e oito quilômetros; restam vinte horas para saída do avião. >>

A gente olhava pela aldeia a um grupo de brancos indo de um lado para outro na procura de um médio de transporte. Não há comboio, não há autocarro, só há algum carro de propriedade particular. Ficam no posto de gasolina e perguntar as pessoas que param o seu carro para prover combustível.

<< - Pode você levar-me até a capital ?
- Não vai ser possível eu só vou até Otjiwarongo, pero você lá pode ir de táxi até a capital.
- Ta bem >>

Dez minutos depois, e trás os cumprimentos, abraços e beijos aos colegas, ficava no assento dianteiro de uma caminhonete. Distintas vidas, existências e essências; o condutor da etnia “bastarda” leva a um europeu até os derradeiros dias da viagem vital do pai dele, e o seu?

<<>>.

Já chegaram a Otjiwaringo e o bastardo procurou um táxi para que o levasse, de novo ia num carro pela estrada, agora com asfaltamento.

<<>>

Chega capital de noite e necessita um lugar tranqüilo para relaxar-se e descansar até o dia seguinte no que o primeiro avião descola.


- Como é que estas de volta? Já não tinhas dinheiro?
Sim, já nom tinha.

martes, 14 de octubre de 2008

Cá Bissau XXXII "No es pais para viejos"

“No es país para viejos”

Después del retorno y pasado el retorno volvió una cosa negra, que venia a ser un disco duro extraíble, que meses atrás había dejado sin dejarme entrar, mas que grande la sorpresa cuando lo conecto y puedo visionar una película de los Cohen, no es ... para ...

Solo sigue en la mente algo que hace meses está presente ¿cómo se puede morir tanta a gente a la vez? Es como si la costumbre europea de salir a tomar algo cá fuera se ha muerto alguien.

Nunca dejaran de sorprender los motivos o las causas, pero cá están, el otro día estabas y ya no estás y nunca habrá una explicación al porqué porque la edad no lo es, sino siempre que nos encontraremos con ¿cómo puede ser? a algún suceso todo puede ser, desde la sonrisa a la desaparición.

Para Gianni Barsotti voluntario de LVIA en Guine Bissau fallecido en Italia el 9 de octubre a causa de una malaria cerebral

Bissau 10 de octubre