sábado, 30 de enero de 2010

Três VIII


VIII

O avião aterrou no aeroporto da praia duas horas depois da prevista. Ela descem pela porta dianteira, e com caminhar alegre foi apanhar a mala no interior das instalaçôes.

Que fazer? Ouvira falar da vila turística de Tarrafal ao norte da ilha, com sorriso e vontade de comer-se o mundo procurou um meio de transporte. Táxi até à cidade e desde lá um aluguer para o norte.

De caminho olhava para a paisagem montanhosa verde e pedregosa, muito distinta da ilha onde nascera.Depois de passar um desfiladeiro e já perto do cume começou a descer até à ribeira norte.

Depois de apanhar a mala pagou ao chofer o custo do bilhete, já que na Praia não foi possível por não ter ele troco.

Caminhou pela rua a olhar detidamente, entrou numa taberna, pediu uma bica e perguntou ao empregado do balçao por uma pensão.

- Cá mesmo voçê tem.

- Que preço tem?

- Vinte a noite. Quantos días fai você ficar?

- Não sei ando a procurar um trabalho.

- Se você gosta nós precisamos uma empregada de mesa para o restaurante.

- Tá bem.


Três VII


VII

Atou os atacadores dos sapatos e saiu do quarto para cozinha onde a sua mãe deixara o pequeno almoço. bebeu o sumo de laranja e tomou da caneca o leite com chocolate em pó. Arrumou a mesa e lavou a louça.

Era sexta-feira e só tinha aulas de valenciano, história e física. Ela gostava de se sentar ao fundo da sala junto do Pau.

Ao sair foram ao parque passar o tempo até à hora do almoço. Pau deixou-lhe o seu aparelho mp3 para que ouvisse o derradeiro disco de Franz Ferdinand, grupo que o ano passado a tinha feito enlouquecer no concerto de Benicâssim.

No momento da despedida concordaram em combinaram as cinco horas na praia e ir depois ao cinema.

Com lentidão foi para casa, não tinha pressa porque sabia que não ia estar ninguém, a mãe trabalhava até às sete horas e meia e não a veria até a seguir no dia seguinte.
Preparou uma sandes e na sala de estar deitou-se no sofá, ligou a televisão e ficou dormida enquanto no ecrã apareciam os desenhos animados de Futurama.



miércoles, 27 de enero de 2010

Três VI


VI

Já passavam dàs treze horas e pus-se a arrumar as peças de peixe que ficavam à espera dos fregueses de últuma hora.

Pela parte de fora do balção arrumou quatro rodelas de pescada, duas peças de peixe-espada, meia dúzia de lulas, um polvo de uns seiscentos e cinquenta gramas, as amêijoas e os mexilhôes. espalha gelo esmagado por cima e ficou quieta o sentir que Dona branca a olhava ainda com irritação pela demora da manhã.

Olhou-a com rosto sério e saiu à Rua da ribeira nova para acalmar-se. Acendeu um cigarro, percebendo que só restavam três para dar cabo no maço. suspirou e voltou a loja.

Sem falar nada com a patroa passava o tempo a olhar para as pessoas que iam e vinham entre as lojas do Mercado. Fixoûse num homem de mediana idade, cabelo preto, olhos verdes e barba que ia para a loja de peixe.

- Desejo uma peça de peixe-espada.
- Esta é do seu gosto?
- Sim, está bem.
- Desculpe a indiscrição, como é que a vai cozinhar?
- Com bananas ao estilo da Madeira.
- Parece-me interessante.
- Posso convidá-la para jantar?
- Óptimo!

Três V


V

Berta beijou nas bochechas o seu pai, colheu a mala e saiu ao centro da aldeia à espera de um carro.

Um aluguer estava com o motor aceso à espera de um número suficiente de passageiros que rentabilizasse a viagem até São Felipe.

Pagou o bilhete e já sentada num assento do fundo do carro, olhou para o cume do volcão.

Quinze minutos mais tarde o aluguer circulava, a través de Châ das Caldeiras, pela estrada que entre restos da lava começava a descer serpenteante e inclinada até a ribeira.

Lembranças dos anos vividos chegavam à sua mente e sem reparar já entrava nas ruas de São Felipe.

Passeou até a praia, de areia preta e fina. Sentou-se a olhar para o mar infinito. A respiração acelerou-se e tinha a sensação de ficar sem ar. Abriu a mala, colheu o cavaquinho e começou a tanger um funaná.

Duas horas depois rematou exausta, arrumou as coisas, fechou a mala e foio a procura de um aluguer para o aeroporto, o avião descolava às cinco horas. Olhou para atrás, vendo ao longe a ilha de Brava, e continuo caminhando.

Três IV


IV

Depois de lavar todo o seu corpo meticulosamente agarrou a toalha para enxugar cada ângulo da sua pele com delicadeza. Quando fnalizou a menina ficou de pé frente ao espelho, olhando a sua figura na pesquisa de mudanças. A sua primeira menstruação houve que sentira o seu aspecto físico en evolução.

Olhou para sua estatura alta e magra, a pele morena, a cara redonda, o cabelo ruivo e comprido levemente encaracolado.

Os olhos azuis e grandes salientavam do resto, as sobrancelhas pequenas e finas, as palpebras grossas e as pestanas compridas.
O nariz normal com narinas largas. A boca grande de lábios grossos e algumas sardas nas bochechas. Os peitos já bem formados com mamilos grandes, a barriga lisa e o brinco do umbigo, os nascentes pêlos púbicos, as coxas magras que pelos joelhos se unían aos tornozelos onde um mês antes ela pôs umas pulseiras. No fim, por último ela olhou os pés e as unhas pintadas de cor-de-laranja.

Sentiãse mais velha, já não era uma criança, tinha treze anos, e no seu quarto sito na praça Xúquer tomou consciência de que uma nova vida começava.

Três III


III

Acordou às sete horas, depois de ouvir o despertador ou pela causa de este, já que a actividade mental inconscente que manifestava nesse momento tinha-a num estado de confusão.

Apartou o lençol e com lentidão agarrou as cuecas e o soutien que deixara nos pés da cama. Saiu da cama e erguida com dificultade começou a cobrir o seu corpo nu com roupa.

Não tinha nem tempo para tomar um duche. A toda a pressa ela pus o bule com chá no bico do fogão, acendia o lume, e enquanto se preparava ajeitava a sua imagem.

Uma vez cheia a chávena com chá bastou um golo para que de novo o ar ocupasse o espaço no que segndos antes estava o chá.

Puxou da porta e desçendo dende o terceiro andar até o portão do número dezasseis da Rua da Rosa. A pressa desce até a Rua Moeda, vira à esquerda e no meio da Rua de S.Paulo vira à dereita o Mercado da Ribeira.

Eram oito horas e nove minutos e Dona Branca já descerrara o posto de venda de peixe e ficou olhando para a empregada enquanto ela apanhava a roupa de trabalho sem dixer nada.

martes, 26 de enero de 2010

Kankuran I - Fumar produce impotencia

"Fumar produce impotencia"

Hace años se han introducido en las cajetillas de tabaco que se venden en zonas en las que los costes sanitarios superan los ingresos por impuestos especiales por las ventas de labores de tabaco, entre otros motivos, mensajes para que el consumidor de tabaco reduzca o elimine el mismo dentro de sus hábitos cotidianos.

Entre los que produjeron mayor impacto inicial se encuentran todos aquellos relacionados con las consecuencias para actividades sexuales como "Fumar puede provocar impotencia" o "Fumar reduce la producción de esperma", de forma que al llegar a un estanco en el cual uno podía leer el mensaje si haber pagado previamente, lo que no ocurría en las máquinas expendedoras de los bares, era preferible una cajetilla con el mensaje "Fumar puede matar" que recordarnos que podría provocar impotencia. Muerto pero con potencia. Elementos del subconsciente.

Por otro lado han proliferado distintas técnicas para dejar de fumar, que van desde la acupuntura, los parches, pastillas, biblioterapia, ... todas con distinto éxito dependiendo de la voluntad del paciente, y que llegan hasta el lugar más inesperado.

En Ibel, pueblo ubicado en la zona este de Senegal y próximo a la frontera con Guinea Conakry, uno puede someterse a una técnica novedosa, en principio, para dejar de fumar. Existe un joven que se desplaza desde un pueblo cercano todos los jueves y después de la oración, dentro del ritual musulmán, lleva a cabo el suyo por lo que es preciso contactar previamente para concretar el jueves que corresponda. El coste del mismo es una gallina ó 1000 francos cfa, que se puede pagar por anticipado o en el momento del evento purificador.

El paciente/cliente debe tener claro lo que va hacer y asumir las consecuencias de sus actos, ya que una vez oídos los pertinentes discursos y bebido el correspondiente bebraje no ha de volver a fumar nunca más, porque en caso de hacerlo quedará imposibilitado para cualquier tipo de actividad sexual. La técnica no plantea la posibilidad de la impotencia sino que es tajante en las consecuencias.

No se sabe si es verídico, pero ante la duda mejor no fumar manifiesta un futuro candidato que comenta el éxito que esta técnica esta teniendo.

Keudugou, 25 de enero de 2010

lunes, 18 de enero de 2010

Três II


II
A menina Berta


Sentada na varanda da casa dos seus pais, passava as horas até o anoitecer. Às vezes ela tange um cavaquinho por horas até que endoidece e perde o sentido. De manhã vai em companha com o pai e o irmão, esperto como uma raposa, caçar coelhos no pomar que há a duzentos metros da aldeia depois de atravesar o caminho que fica a sul do volcão.

Ao meio-dia ela traz as presas até à casa e na cozinha faz o almoço “coelho ao vinho branco”. Trás pôr a mesa voltava a sentarse na varanda.

Magra coma um espeto de não comer, ca tristura na face vê ao longe o mar. Ela quer partir, sabe que se sai dailha pode fazer outras coisas que acompanhar na caça e ficar sentada à espera do anoitecer. Apanha o cavaquinho e começa a tanger até que a música, entra pelas orelhas coma un furacão, remove as ideias e só sente música.

Três I


TRÊS

“Fale-me da minha África, para sonhar…”
M.H.M.
Correçions em português M.H.M. Valencia 2005/6

I
Donde venho?

De manhãzinha a criança abriu os olhos, eram grandes e verdes, e con curiosidade olhou para a dereita virando com suavidade e lentidão para esquerda. Não viu ninguém. Ficou olhando para o tecto e de repente apareceu no seu campo de visão UMA senhora de olhos pretos e grandes, cabelo loiro e encaracolado. Com sorriso por saudção levatoua do berço.

Esta imagen ficou na sua memória para sempre, era o primero recordo da sua mãe. Agora que ficava olhando para uma janela da casa da sua avó Berta deu por pensar nela e na mãe que morera havia dois anos, poucos dias despois de que ela festejara o seu dezassete aniversário.

A avó Berta sempre sentada numa cadeira na sala de jantar quando ela voltava, pronta a contarlhe coisas da sua aldeia, Châ das Caldeiras ao pé do vulcão da ilha de Fogo. Doña Berta sempre sembraba com delícia subir até o cumo do vulcão para despois descer pela ladeira enterrando os pés na cinza, de tal jeito que quando lhe chegava até joelhos ficava encravada e podia mexer-se para todos os lados como uma boneca.

Olhava dende a janela para o vulcão mas a saudade que sentia não a fez chorar, nom, os seus lábios foram pouco a pouco mostrando um sorriso, já que estava na casa onde nascera a sua avó Berta.